domingo, 26 de julho de 2015

Um dia em Jundiaí

A cidade de São Paulo tem uma malha ferroviária relativamente grande se comparada ao resto do país, e ao utilizar os trens e metrôs vemos aquele mapa dos trilhos que levam a diversos destinos, na própria capital e nas cidades próximas, na Grande São Paulo.

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Estação Jundiaí

Aproveitando essa facilidade decidi conhecer a cidade de Jundiaí, que fica há mais de 50 km da capital. Essa escolha foi aleatória, como já conhecia o lado leste até Mogi das Cruzes decidi ir no sentido contrário. Jundiaí é uma cidade relativamente grande, tem mais de 300 mil habitantes e fica no final da linha 7 Rubi, que saí da Estação Luz, no centro de São Paulo.

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São praticamente duas horas de trajeto, que passa por paisagens diversas. O ponto de partida na Estação Luz já nos brinda com sua riqueza arquitetônica do século XIX. Assim como a Estação Jundiaí, que foi inaugurada em 1867 e ligava a cidade ao porto de Santos, no litoral paulista. A Estação ainda possui características antigas, acentuadas por seu relógio e por uma “moeda” em homenagem ao imperador D. Pedro II.

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Catedral de Nossa Senhora do Desterro

No percurso rapidamente os prédios históricos do centro ficam para trás, passando aos modernos prédios da Barra Funda e seguindo em direção ao Pico do Jaraguá, ponto mais alto de São Paulo. As comunidades carentes são constantes no trajeto, quanto mais longe do centro, mais precárias são as moradias, como em todos os cantos da cidade. Deixando São Paulo partimos rumo a outras pequenas cidades, como Francisco Morato, onde desço e faço baldeação para outro trem. Aos poucos as casas também somem e vemos muita área verde e algumas rodovias ao redor. Surge a Serra do Japi, que faz parte da paisagem de Jundiaí. Já nas últimas estações entra no trem um adolescente fantasiado de palhaço, fazendo campanha para arrecadar dinheiro para uma instituição de Campinas, foi aí que percebo que realmente o trem havia nos levado longe.

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Fotos da Praça Central de Jundiaí

Finalmente chego ao meu destino, e começo a caminhar pela cidade, algo que gosto muito de fazer principalmente quando estou “descobrindo” um novo lugar. Rica em história a cidade tem uma catedral de bela arquitetura dedicada a padroeira da cidade, Nossa Senhora do Desterro. A igreja fica na praça central, quem tem um lindo monumento moderno e várias pessoas curtindo a tarde ensolarada do inverno brasileiro. Da praça sigo para o Museu Solar do Barão, que mescla jovens artistas com a história da cidade, que enfatiza os rios da região. Nos fundos do museu tem um lindo jardim que é uma atração à parte.

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Fotos das exposições no Solar do Barão

Com ruas limpas e população gentilíssima caminhei em busca de novas atrações. Passando pelo Mosteiro de São Bento, sigo para o Jardim Botânico, belíssimo parque, que nos convida a relaxar e curtir a natureza. Descobri que o parque fica ao lado de uma unidade do SESC, e tem inúmeras atrações.

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Fotos do Jardim do Solar do Barão

Por fim já depois do anoitecer pego um ônibus e volto para a estação, para quase três horas depois chegar na última estação que levaria para a minha casa, Estação Grajaú, na linha 9 da CPTM, linha Esmeralda.

Todos os dias os trilhos conduzem milhões de pessoas para seus trabalhos e para suas casas e contribuem para que possamos cruzar cidades e enriquecer nossa cultura. É só olhar o mapa e escolher seu destino.

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Acima, foto do Mosteiro de São Bento e do Jardim Botânico

Um comentário:

  1. Parabéns pelo seu blog. A iniciativa faz com que conheçamos lugar nunca visto e despertar a curiosidade de conhecer.

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